ESG: a importância das boas práticas no setor de infraestrutura
A pandemia do COVID-19 fez com que a maioria das empresas tivesse que reinventar-se no modo como se comunicam com seus colaboradores e até como executar suas atividades diárias. Se, atualmente, todos estamos aprendendo a lidar com a doença diariamente, também estamos cada vez mais exigentes com a postura das empresas que nos relacionamos e para isso existe o ESG.
Portanto, essa condição imposta pelo mercado, até mesmo de forma velada, fez com que o conceito ESG – termo originário do inglês para Environment, Social & Governance – ganhasse força entre o mundo corporativo. Diferente do já batido conceito de sustentabilidade ambiental, em que se proliferou uma série de empresas “green fake”, o conceito ESG deixa a hipocrisia de lado e o desafio para as empresas é mitigar os impactos negativos sociais e ambientais, criando estratégias e políticas que preservam a lucratividade.
No setor de infraestrutura, a aprovação do “teto de gastos”, proposto pelo Governo Federal, limitou o investimento público. Dessa forma, a expansão do setor depende cada vez mais da iniciativa privada. Portanto, as práticas ESG se tornarão cada vez mais essenciais para a competitividade do mercado, o que eleva a responsabilidade do setor.
É importante que se entenda o papel do setor de Infraestrutura, seja na área da construção civil, logística, energia, saneamento e etc, que é responsável por estimular o desenvolvimento, atrair investimentos, gerar empregos e aumentar a competitividade do País no mercado global. As empresas do setor precisam estar atentas a esse movimento que, certamente, definirá a reputação das companhias a partir de agora.
A BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, manifestou voto contrário a diretores de 49 companhias no mundo por falharem no progresso no combate à crise climática. A decisão da BlackRock reforça a tendência mundial de valorização das companhias que adotam práticas ESG na sua visão de negócio.
No Brasil, o Ministério da Infraestrutura criou o Selo Infra+ Integridade que visa premiar empresas do setor de infraestrutura de transportes que zelam pela integridade institucional e pública, representando assim um avanço na adoção das práticas ESG no setor. Isso é reflexo dos escândalos de corrupção que envolveram grandes empresas do setor, em que se tornou imprescindível valorizar as práticas de boa governança corporativa e compliance, inclusive para mostrar ao mercado as mudanças relevantes conduzidas pelas empresas.
Além dos benefícios internos às empresas e para o mercado, a adoção das práticas ESG pode facilitar financiamentos e empréstimos para projetos de infraestrutura. O Santander, por exemplo, criou uma linha de crédito de R$ 5 bilhões para projetos em saneamento básico que cumpram as metas ESG, o que representa um avanço enorme e um estímulo oportuno na valorização desses critérios.
Sabe-se que os desafios são numerosos, mas é certo que o setor de infraestrutura, pela relevância que protagoniza no cenário nacional e por meio da incorporação da agenda ESG em suas práticas, impulsionará a adoção dessa pauta por outros setores da economia, fomentando o amadurecimento de um novo patamar de mercado, em que o sucesso dos negócios será significativamente influenciado pela materialização de critérios ESG.
Aqui na Manacá Comunicação temos nos debruçado sobre o tema e estudado sua aplicabilidade nas empresas do setor de infraestrutura. Nossos clientes são pioneiros na aplicação dessas políticas que envolvem a métricas ESG e os resultados internos e externos têm sido bastante interessantes para que as companhias sigam o mesmo caminho. A sua empresa está preparada para se adequar ao movimento ESG?