Metaverso: as big techs estão preparadas?
Em tempos de paz – leia-se aqui paz no sentido amplo, sem guerras intercontinentais – existem três grandes mercados que respiram tecnologia e inovação: automobilismo, moda e saúde. De alguma forma, os outros mercados vem a reboque experiências nessas grandes áreas – sejam as tendências de um look com um tecido que não amassa, os freios ABS ou a boa e velha Aspirina – são resultados disruptivos. O metaverso correu por fora em alguns momentos, mas agora, parece se tornar uma realidade!
A Manacá tem uma proximidade maior com a área da saúde – experiências com telemedicina e eventos com realidade virtual. Atualmente, a discussão gira em tornar o Metaverso mais interessante, atrativo, competitivo e, obviamente, mais lucrativo para as marcas que estão e estarão inseridas nele.
Aliás, conversando com um executivo da área da saúde, há hospitais, inclusive no Brasil, projetando salas onde será possível ter acesso digital aos órgãos do paciente, localizar e visualizar lesões, identificar órgãos que podem estar afetados e verificar qual o melhor tratamento. Tudo utilizando a realidade aumentada que será sobreposta em cenários reais, interligados a uma plataforma digital. O Metaverso? Não sei.
O Metaverso já está sendo criado: é a simbiose realidade virtual (VR), realidade estendida (XR), realidade aumentada (AR) e inteligência artificial (AI), com a velocidade 5G. Por aí já estão marketplaces, mídias sociais, games e gamificação de processos, 3D printer, NFT, criptomoedas e tantos outros produtos e serviços que utilizam a Internet como meio de comunicação, mas não estão unidos por um única plataforma, como outrora foi o Facebook no boom das redes sociais.
O próprio Facebook mudou de nome para Meta com o objetivo de criar esse ambiente virtual, que agregue todas as possibilidades que o Metaverso proporciona. Contudo, o próprio Facebook não tem sabido lidar com as fake news, insegurança digital, além é claro da hegemonia digital, que lembra mais uma ditadura digital, com todos os termos e regras impostas pela Meta, Google, Twitter e outras bigtechs. Confiar a eles o futuro do Metaverso é tão incerto quanto inseguro.
Portanto, as bigtechs precisam, urgentemente, voltar a olhar os seus processos internos de cultura organizacional e posicionamento institucional. O legado da pandemia é o contato cada vez mais virtual, híbrido – phygital. Cada vez mais, “the word is tech, the world is techy”, mas ainda estamos carentes de plataformas seguras o suficientes. Talvez nem as big techs estejam preparadas para o Metaverso.