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Proteja sua marca de crises causadas por influenciadores

Proteja sua marca de crises causadas por influenciadores

Infelizmente, nesta semana, o Nazismo tomou conta das redes sociais e dos noticiários. Seja pela fala absurda do Bruno Monteiro Aiub (Monark), que defendeu a legalização de um Partido político nazista no Brasil, durante um episódio do Flow Podcast. Seja pelo gesto do comentarista Adrilles Jorge, do programa Opinião, da Jovem Pan, que foi acusado de fazer a expressão Sieg Heil (salve a vitória), muito utilizada durante a Alemanha nazista. Nessa situação, você sabe como proteger sua marca de crises?

Embora, no segundo caso, haja espaço para uma discussão sobre se o comentarista fez ou não a saudação, isso porque durante todo o programa ele se posicionou radicalmente contra ao Nazismo e a posição da mão pode ser interpretada como “tchau” – aliás como repetidamente o faz. O fato é que Adrilles foi demitido da emissora. O mesmo ocorreu com Monark, que deixou os Estúdios Flow após um acordo.

As duas empresas, claramente apavoradas, correram para emitir notas repudiando o Nazismo e tentando se desvincular das falas de seus comentaristas. O motivo é simples: os anunciantes poderiam tirar o patrocínio dos programas que veiculam a sua marca.

No caso da Jovem Pan, não veio a público nenhuma rescisão, mas no Flow Podcast a debandada foi grande. Empresas como Amazon, Flash Benefícios, Insider Store, Fatal Model e Philip Mead, encerraram a parceria e fizeram questão de repudiar as declarações. Nas redes sociais, o público cobrou uma atitude dos patrocinadores do programa – iFood, BIS, Puma, Wise Up e Ragazzo desmentiram a informação do mídia kit do Flow Podcast, que as apresentava como patrocinadoras do programa, embora tenham feito ações pontuais. Elas ainda responderam, um a um, que repudiam as declarações de Monark.

As marcas tiveram uma grande habilidade para gerenciar uma crise que não foi causada por elas, mas esses são os efeitos colaterais da publicidade: surfar nas ondas dos veículos de comunicação. Embora no mercado B2B a prática de patrocinadores seja menor, existem estratégias que financiam micro influenciadores. Aqui fica a velha máxima: se afeta o público-alvo, é caro para a companhia e deve haver o devido cuidado.

Na verdade, qualquer veiculação de marca deve ser feita com muito zelo. Portanto, analisar os veículos, programas e formatos é essencial, bem como uma atenção criteriosa aos haters. Numa rápida análise é possível prevenir esse tipo de situação.

Então, é importante estar atento a alguns pontos – o principal deles é a clareza do contrato. Não há como censurar palavras, atitudes e opiniões, mas é preciso estar respaldado sobre quais são as obrigações das partes, as situações e falas não aceitas dessa relação. Falas criminosas, discriminatórias e que firam a cultura do patrocinador, entre outras questões, podem levar à rescisão.

Se o influenciador é “porta-voz da marca” é preciso que ela saiba a cultura do patrocinador e que não existe autonomia total e irrestrita. Ele possui compromissos a cumprir e que sua influência, inevitavelmente, deve ser direcionada para o bem da sociedade e da marca que ele representa.

Neste caso específico, não há argumentos que defendam as atrocidades causadas pelo Nazismo, mas é importante que, em crises de imagem, haja o entendimento completo do caso. Ou seja, respostas no “calor do momento” devem ser evitadas – em alguns casos o revés negativo pode ser pior do que se tivessem ficado em silêncio.

Portanto, é um dever ser rigoroso ao atrelar uma marca a um programa ou até de uma pessoa. O cuidado para a assinatura de um contrato claro e objetivo é fundamental. É importante conversar, conversar, conversar e analisar a exaustão. Se houver insegurança ou desconforto de qualquer natureza, não prossiga. É muito mais importante preservar a reputação de uma companhia do que estar no fluxo do mainstream.

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