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Twitter e o efeito Elon Musk

Twitter e o efeito Elon Musk

O mês de abril foi intenso para quem está envolvido com negócios da comunicação, mídia, ações em bolsas de valores e, porque não dizer, negócios espaciais. O mega empresário Elon Musk tornou-se o dono do Twitter, após o conselho da rede social ter aprovado a oferta de US$ 44.bilhões.

Em breve, o Twitter desembaraçará da bolsa de valores eletrônica NASDAQ e voltará a ser uma empresa de capital fechado. Musk prometeu que, sob sua supervisão, o Twitter adotará uma política mínima de intervenção, com total apoio à “liberdade de expressão” e com remoções de conteúdo apenas quando houver violação legal.

Há o temor que essa nova regulação aumente os casos de discurso de ódio. Contudo, a gestão operacional do Twitter entrou em contato com agências e anunciantes para tranquilizar que, apesar da liberdade na moderação, os anúncios jamais serão exibidos próximos a conteúdos ofensivos. A pergunta que fica é? Quem vai definir o que é ofensivo ou não.

Ao que parece, o sul-africano não adquiriu a rede social vislumbrando lucros avantajados, mas para controlar seu próprio canal de comunicação forte. Vale lembrar que a rede social já ajudou Musk a ganhar muito dinheiro com flutuações no mercado de criptomoedas e com a divulgação das suas empresas Tesla, SpaceX e The Boring Company.

Contudo, o Twitter luta para conseguir fontes de renda alternativas que mantenham os lucros. Por enquanto, a plataforma se sustenta financeiramente com a verba dos anunciantes, em um modelo que pode ser muito perigoso para qualquer negócio, pois sofre impacto de terceiros — como o Google e a Apple.

Aliás, perder potenciais interessados em injetar dinheiro para vender produtos ou serviços certamente não está nos planos da companhia. O Twitter teve US$ 4,5 bilhões de receita publicitária em 2012, já o seu concorrente direto, o Meta – Facebook e Instagram registrou US$ 144 bilhões.

Ainda há um horizonte nebuloso sobre as efetivas mudanças na plataforma e estamos navegando nas águas do “talvez”. Talvez o Twitter reintegre Donald Trump; talvez acrescente uma opção de edição para tweets; talvez sejam excluídos os spam; talvez sejam verificados todos os humanos. Talvez tenhamos uma plataforma mais atraente e competitiva.

Embora pareça um capricho milionário de quem compra a bola para poder ser escalado para pelada na rua, há mais interesses por trás. Há dez anos, o Facebook comprou o Instagram por US$ 1 bilhão, mas o Twitter foi vendido por US$ 44 bilhões, o que o torna tão valioso? Resposta: informação. O Twitter tem 220 milhões de usuários, que concedem informação rápida, objetiva, de muito fácil controle e de forma antecipada. Isso permite estratégias robustas, mas muito antigas.

“Se um soberano iluminado e seu comandante obtêm a vitória sempre que entram em ação e alcançam feitos extraordinários, é porque eles detêm o conhecimento prévio e podem antever o desenrolar de uma guerra”. Já dizia o general chinês, Sun Tzu, que escreveu isso há mais de dois mil anos no livro “A arte da guerra”.

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