Certa vez eu escutei que estamos no mundo muito mais para plantar do que colher. Essa é uma reflexão que vale para todos os aspectos de nossa vida, mas também para o mercado de modo geral. Em um ano difícil, em que ainda sofremos com as sanções da pandemia da Covid-19, a economia tem apanhado e o urso tem levado alguns rounds, mas é impossível negar o avanço de 2021 no setor de infraestrutura.
De acordo com o balanço anual divulgado no último dia 20 de dezembro pelo Ministério da Infraestrutura, foram entregues 108 obras públicas em 2021. Ao longo do ano, foram pavimentados, duplicados ou recuperados 2.050 quilômetros (km) de rodovias e 22 aeroportos da Infraero foram arrematados em leilões, gerando uma previsão de R$ 6,1 bilhões em investimentos privados.
A modernização dos modais de transporte registrou um total de R$ 5,5 bilhões em recursos executados, além de R$ 37,6 bilhões em investimentos contratados para os próximos anos – recursos que terão como destino ferrovias, aeroportos, rodovias, portos e hidrovias nos próximos anos.
Certamente, houve uma corrida contra o tempo, afinal tudo indica que o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, deve concorrer ao governo do Estado de São Paulo no próximo ano. No entanto, essa decisão não ofusca o bom trabalho feito até o momento e a expectativa é que em 2022 o Brasil seja um canteiro de obras, financiado pela iniciativa privada.
A Manacá tem acompanhado de perto toda essa movimentação e um dos pontos que saltam aos olhos é a modernização dos processos – digitalização, desburocratização e criação de marcos regulatórios. Entre eles um dos mais importantes: Marco Legal do Saneamento, que define a universalização dos serviços de água e esgoto até 2033 e viabiliza a injeção de mais investimentos privados nos serviços de saneamento. Ou seja, concede segurança jurídica e previsibilidade nos negócios de saneamento básico no Brasil.
Outro ponto muito importante é o Plano Nacional de Logística (PNL) 2035, que pretende transformar a matriz de transporte do Brasil, de forma a torná-la “mais racional e sustentável”, proporcionando, inclusive, uma redução de 14% dos gases de efeito estufa na atmosfera. O PNL 2035 prevê investimentos superiores a R$ 400 bilhões na logística brasileira.
Os desdobramentos do PNL 2035 terão efeito cascata, em um ciclo virtuoso de desenvolvimento. Com a ampliação da malha ferroviária, modernização da malha rodoviária e incentivo à cabotagem. O agronegócio ganha em produtividade e preço, a indústria descentraliza, aumenta a produção e gera empregos. Toda a cadeia será alimentada com empresas de menor tamanho, que oferecerão serviços terceirizados, incentivando o empreendedorismo e a geração de mais empregos.
Aqui na Manacá, nós temos nos debruçado para compreender ainda mais o mercado da infraestrutura, logística, indústria e do agronegócio para ofertarmos serviços de comunicação e marketing digital especializados no mercado B2B. Assim, desenvolver o valor agregado e a marca de nossos clientes. Contribuindo para esse novo momento que está sendo plantado e de novas oportunidades que serão colhidas.
