Expectativas para 2024
O ano de 2023 foi marcado pela mudança do Governo Federal e, portanto, uma alteração na política econômica praticada nos últimos anos. Resultado: conflito entre o Banco Central e o Ministério da Fazenda.
O Brasil encerrou o ano passado com a Taxa Selic em 11,75% (taxa real de juros de 6,11%). A tentativa do COPOM é segurar a inflação, ditando o crédito e diminuindo o poder de compra. Por outro lado, os técnicos do Governo Federal defendem a queda de juros para movimentar a economia, mesmo não indicando os cortes de gastos da máquina pública, que são um dos fatores que fariam os juros recuar. Projeção: os juros continuarão altos em 2024, mas com indicação de queda.
Ao mesmo tempo, o Ibovespa, principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), fechou o dia 26/12 com 133.532 pontos, o maior patamar da história. Nessa confusão de resultados e projeções, a iniciativa privada fez correções de rota para o próximo ano.
As expectativas de crescimento do PIB brasileiro em 2024 estão na casa de 1,2% e 1,7%. Na indústria de transformação e de construção, a previsão de crescimento para 2024 é mais modesta, com 0,3% e 0,7%. Por outro lado, toda a indústria relacionada à Energia, deve crescer entre 2,9% e 3,4%. O Agronegócio deve ter um crescimento de 3.2% em 2024.
O setor privado brasileiro é um dos mais resilientes do mundo, o Brasil tem e continuará tendo uma economia dinâmica, mas os velhos problemas com o gasto público não vão mudar tão cedo. Se em 2023 houve uma retração do capital privado, a previsibilidade do novo (velho) governo vai atrair mais investimentos, suportada pela queda lenta dos juros.
Portanto, acreditamos em uma iniciativa privada com vontade de investir, mas com um governo ainda preocupado com aumentar impostos e criando burocracias. De modo geral, a expectativa é de que 2024 seja melhor que 2023.
Do outro lado da mesa estão as boas práticas ESG. Em especial, os indicadores ESG, que são critérios de conduta praticados por empresas que querem ser socialmente conscientes, ambientalmente sustentáveis e corretamente gerenciadas. Cada vez mais difícil de mensurar, as empresas terão em 2024 a oportunidade de desmistificar os impactos ESG.
Conforme um estudo da KPMG, 86% das 100 empresas com maiores receitas do Brasil estão informando em seus relatórios sobre as práticas de ESG. Deste grupo, 90% das companhias divulgam metas de redução de emissões de carbono. Este cenário se mostra cada vez mais desafiador, visto que suas operações não são mais analisadas apenas pela perspectiva financeira, mas também sobre o tripé de ESG.
Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) destacou os 5 principais motivos pelos quais as fábricas estão integrando o ESG às operações: fortalecimento do relacionamento com Stakeholders (44%), uso sustentável de recursos naturais (39%), melhoria na gestão de riscos corporativos (36%), aumento de competitividade (33%) e atendimento à legislação (28%).
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