Inovação é a palavra-chave para a retomada da indústria no Brasil
A Internet das Coisas, o Metaverso, a Realidade Virtual já não são mais conceitos e estão se tornando uma prática em boa parte das grandes empresas do globo. Esse movimento faz parte da transformação digital que foi acelerada pela pandemia da Covid-19, que para dar continuidade às atividades econômicas, incorporaram novas ideias, inovação e soluções tecnológicas aos processos.
Não é à toa que um mapeamento realizado pela Associação Brasileira de Startups (Abstartups), em 2020, registrou o crescimento de 20% no setor, em relação a 2019. O levantamento “Inside Venture Capital Brasil”, realizado pelo hub de novação “Distrito”, apontou que em 2020 foram realizados investimentos nas startups brasileiras que totalizaram US$ 2,87 bilhões, com aportes no formato venture capital – focados em negócios com alto potencial de crescimento – distribuídos para 426 empresas.
A inovação será o diferencial para assegurar a sustentabilidade dos negócios no período da plena retomada das atividades econômicas, não somente pelas causas da pandemia, mas porque o mercado está cada vez mais competitivo. Segundo o levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 31% dos gestores acreditam que a procura pela inovação será alta ou muito alta nos próximos anos. Isso determinará o crescimento ou sobrevivência de 83% das indústrias.
Nessa nova realidade, as empresas tradicionais precisam incorporar a inovação em diversas frentes de negócio para não ficarem estagnadas. Ao contrário do que muitos pensam, a transformação digital não é somente sobre tecnologia. Isso acontece porque, ao adotar uma ferramenta disruptiva, é normal que alguns colaboradores da organização se deparam com desafios e não se sintam muito confortáveis com as novidades.
Paralela a Inovação tecnológica está a “Inovação horizontal”, isto é, muito mais humana e subjetiva, baseada na criatividade para a evolução dos processos – a contribuição dos colaboradores e outros stakeholders que influenciam a organização. Isto é, as soluções de gestão, processo e até novos negócios podem surgir do “chão de fábrica” ou da mesa do café. Onde há pessoas, há uma possibilidade de inovar.
Contudo, o verbo “inovar” precisa fazer parte da cultura da companhia e esse é um paradigma a ser superado. De acordo com a Forbes, 70% das organizações têm uma estratégia de transformação digital ou estão trabalhando para isso, mas 55% das empresas ainda não adotaram essa estratégia. A Inovação é um investimento a longo prazo e, portanto, precisa ter início o quanto antes.
A comunicação, atuando em um pilar de comunicação interna, é o fio condutor para estimular e fomentar a transformação digital. A inovação é um conceito que precisa ser aderido pelos colaboradores e ações de endomarketing são fundamentais para o sucesso. A cada etapa do processo de transformação digital e inovação, precisa ser incorporado à cultura da empresa, alinhada às ações de marketing que gerem melhor reputação e valor agregado.
Os gestores das empresas não podem mais ver a transformação digital e a voz dos colaboradores como uma tendência, mas tornar a inovação parte do negócio. Essa é a chave que abrirá as portas para que a indústria brasileira seja cada vez mais forte em um mercado global cada vez mais competitivo, não somente na retomada da economia, mas como prática perene em desenvolvimento.