Metaverso de Zuckerberg: um paranóico e inconformado
No início da mesma década de 1990, os seguidos fracassos do Pentium e a explosão da Internet fez a companhia se reinventar e, sob sua liderança, tornou a Intel a maior fabricante de chips do mundo e também uma das empresas mais admiradas. Nos últimos dias, Mark Zuckerberg, anunciou a Meta, substituindo a Facebook Inc, um passo para alcançar uma nova era da Internet: o Metaverso.
A nova marca coroou os investimentos que vêm sendo feitos pela empresa desde gosto desde ano, quando anunciou por meio da Oculus, testes para reuniões online em uma ambiente de realidade virtual. Em setembro, a então Facebook Inc, anunciou o investimento de US$ 50 milhões no Metaverso, além da contratação de 10 mil profissionais especializados e mais US$ 150 milhões na formação de programadores para a criação desse universo digital.
Apesar de todas as críticas editoriais que tem sofrendo, Zuckerberg viu seu empreendimento comprar o Instagram, WhatsApp, Divvyshot, Oculus VR e outras diversas empresas; viu o número de usuários do Facebook chegar a 2,85 bilhões de pessoas, cerca de 40% da população mundial; viu a companhia registrar o lucro de US$ 29,1 bilhões, em 2020; também viu a Facebook Inc figurar entre as empresas mais inovadoras do mundo, segundo Boston Consulting Group (BCG), mesmo depois de 16 anos da fundação.
Os números impressionam, mas o Metaverso não será construído somente pela Meta. Outras empresas de tecnologia, como Epic Games, Microsoft e Roblox também têm planos para esse universo digital. Nós já temos experimentado algumas pílulas do que vem por aí, seja nas criptomoedas, como o Bitcoin, Ethereum e Solana, seja pelos games, como o Fortnite, que é uma febre mundial, com mais de 500 milhões de usuários.
O Metaverso será, de fato, uma realidade paralela, um ambiente completamente digital, em que a Internet passa a ser meramente um meio. Assim, teremos um avatar que poderá aprender, trabalhar, criar e socializar. No Metaverso, poderemos consumir um serviço de Nova York, ter uma reunião com um parceiro de Berlim e assistir uma palestra com um monge de Katmandu, sem sair de São Paulo, por exemplo.
Os investimentos na realidade virtual devem ser cada vez mais robustos e constantes. Segundo a IHS Markit, o mercado global de realidade virtual deve ultrapassar US$ 100 bilhões em 2022. A maior parte desse valor deve ser empenhado em empresas de personalização da identidade virtual, que é um ponto central no Metaverso. Outro ponto relevante é a customização em escala, ou seja, a possibilidade de criar e recriar ambientes cada vez mais dinâmicos e interativos. Por fim, é preciso pagar a conta e o Blockchain e NFTs devem seguir na alta de investimentos.
Portanto, o Metaverso será uma extensão do mundo que conhecemos hoje e as possibilidades são infinitas, uma pauta que seguirá a passos largos pelos próximos 15 anos e o Mark Zuckerberg está pensando no futuro. O Facebook não estará fora de contexto, mas ele está no “Ponto de Inflexão Estratégica”. Aliás, ele elevou esse conceito a outro patamar. Certamente, o livro de Grove também foi lido em Cambridge.
E você, está preparado para o Metaverso ou ainda está pensando na transformação digital do seu negócio?